Desde seu lançamento, Meu Malvado Favorito tem sido um sucesso de público e crítica, conquistando fãs de todas as idades. Com seus personagens carismáticos e humor irreverente, a animação se tornou um dos maiores clássicos dos últimos anos.

No entanto, além do entretenimento garantido, o filme também traz uma mensagem social subliminar, que pode ser percebida através da observação de suas cenas e personagens. Esta mensagem é ainda mais enfatizada através de charges, que sintetizam de forma clara e direta a crítica presente na obra.

Ao retratar o vilão Gru, um ex-vilão que se redime através do amor pelas filhas adotivas, o filme traz uma reflexão sobre os valores da sociedade moderna. Gru, que antes buscava apenas poder e status através de seus planos malignos, encontra na paternidade uma nova motivação.

Aqui, a animação nos mostra que a família é um valor importante, que pode transformar até mesmo os indivíduos mais desvirtuados. Gru abandona seu antigo modo de vida e passa a se preocupar com as filhas, deixando de lado sua ambição pelo sucesso a qualquer custo.

Porém, é preciso destacar que a história não se limita a uma abordagem idealizada da paternidade. O próprio comportamento das filhas, Margo, Edith e Agnes, é retratado de forma realista e, por vezes, até mesmo desafiadora.

As crianças são mostradas como seres independentes, com vontades e aspirações próprias, que demandam atenção e cuidado de seus pais. A presença das filhas no filme é uma forma de questionar a figura paterna tradicional, mostrando que a relação entre pais e filhos pode ser muito mais complexa do que as idealizações que nos são apresentadas diariamente pela mídia.

Assim, Meu Malvado Favorito se mostra como um filme que, apesar de sua aparência lúdica e despretensiosa, traz uma crítica social contundente. Através dos personagens e de sua dinâmica, a animação nos desafia a repensar nossos valores e comportamentos, nos mostrando a importância da família e da relação entre pais e filhos.